O início do fim

Fazendo jus ao título desse blog, digo que este é um post de despedida.

Terei um novo blog, ainda sem nome, sem site, sem nada. O link aparecerá aqui em breve.
Mas posso adiantar que será algo sobre educação, ensino de história e viagens. Isso sim me parece ter sentido.

Para vc que lê isso aqui (vc existe?!), tenha uma boa vida!

Jan

Tempo x Experiência

Passada a rebordose do natal, lembro de uma professora minha me dizer que, na minha fala, eu poderia substituir a palavra TEMPO pela palavra EXPERIÊNCIA.
Isso porque eu disse em tom de brincadeira verdadeira que gostaria de escrever um dia um livro chamado "Sobre o tempo". Nada mais apoteótico para um historiador, não é ?
Mas enfim... falo disso porque nessas ultimas semanas muito se disse sobre respeitar o tempo, ou então dar tempo para as coisas se realizarem. No livro que leio, o autor me diz da importância de ter empatia e paciência. OK, concordo.
Mas digo que, hoje, eu prefiro a outra palavra. Isso porque TEMPO é por demais vago. Não passa de uma percepção. Uma percepção da experiência. Por isso, esta sim me parece mais real.


Assim, ouve, não adiantar somente falar de respeito ao tempo, como se ele fosse um sujeito. Somente um sujeito pode criar, transformar, curar, sonhar, enfim. Toda experiencia é constituida por sujeitos. Dar tempo ao tempo, sem cuidar de constituir a experiência, é um grave erro.

Tempo sim, experiência também.

.

De tempos em tempos eu me canso das palavras.

Acho que é porque, como diria Foucault, as palavras não revelam as coisas, mas antes disso, as escondem, logo, são como máscaras.
Assim, se elas não me possibilitam chegar ao mundo real, porque deveria eu usá-las ?
Palavras boas são aquelas simples, como: sim, não, concordo, discordo, (não) quero, (não) aceito.

Portanto, chega. Meu momento é de concretude, de ação, de fatos e objetivos.

Quem quiser me dizer algo, por favor, não use palavras.

Ontem

Hj eu escrevo com sinceridade.
Ontem foi, com certeza, um dos dias mais importantes da minha vida.
Talvez mesmo por isso eu não vou escrever nada através de grandes metáforas que somente eu compreendo. Quero que quem leia isto saiba exatamente o que se passa agora na minha cabeça.

Ok, diria vc, casamento da irmã é sempre assim. Ou não, diria eu.

Porque nunca houve nada parecido na minha família. E quando digo família, digo das pessoas que vivem comigo.
Porque foi bonito. Muito bonito. Me surpreendi de não ter chorado, acho que já não sou mais o mesmo.
Porque certas pessoas parecem aparecer no teu caminho, e te explicar coisas antes estranhas.
Porque a alegra imperou.
Porque eu me senti parte de algo que há muito tempo não sentia.
Porque tudo isto ocorreu junto.


E oq que fica para o futuro ?
Não sei, não crio mais expectativas.
Mas fica a sensação de boa de pertencer. Talvez era isso que eu mais precisava.

O desconhecido

Outro dia, passando pela rua, ví um homem estranho, meio que se escondendo de mim. Parecia me olhar mas não querer me encarar. Ví que ele me seguia, e aos poucos foi tomando coragem para se aproximar. De início a situação se resumia em um estranho momento, em que sem saber do que se tratava, eu somente podia suspeitar, nada parecia concreto, além do fato de que ele me seguia. Tentei me aproximar, e entender do que se tratava, quem era afinal esse sujeito ?
Esse momento se tornou tenso. Decidi ficar frente a frente com a sombra, mas quando andava decidido, pisei em falso, e cai.
Ele me estendeu a mão. Me ajudou a levantar. Me lançou um olhar como se explicasse o mundo.
Perguntei, quem é vc ? Por que me segue ?

O sujeito me disse: Eu sou você.

?

Tinha anotado algumas perguntas.
Mas, juro, sumiram do caderno.


Certamente elas não deveriam ser feitas.

Melhor assim.

A conciliação

Andei por caminhos tortos.
Escolhi ruas estranhas.
Dei voltas achando estar chegando longe.




Cansei.


Não sei do que sei.

Que amanhã seja um novo dia.

Movimento

Abra caminho para algo novo.
Mesmo que o caminho seja o mesmo, todo dia.
Pois cada palavra dita, faz cada segundo ser ele mesmo, e mais nenhum outro.


Há muito por trás das sintonias.

Afinal, sintonia é tb uma vontade. uma escolha.

Dostoievski

O prazer da dor

Descobri, enfim.

A dor dar prazer. Se vc escolhe sofrer, mesmo sem saber, é pq vc gosta.
Mas o que é pior ?
Saber e fazer, Saber e nao Fazer, não Saber e Fazer, ou não Saber e não Fazer ?

Se eu não me sinto inteligente o suficiente para responder isso - até pq demorei minutos para conseguir escrever - isso me conforta.
Não quero. Não posso. Não devo.

Vértices

Os opostos se ligam.

Montanha Russa

Quando o cansaço vira animo, é quando o medo vira esperança.

siga-me

Vem... vem p cá.



Eu não costumo parar.

Vem.

Era mais do que esperava.


Perdeu-se.
Afastou-se.
Respirou e viu.


O silêncio era justo.

podia ter permanecido assim.

Tudo será melhor

Que diferença faz um dia...

Se as palavras carregam energia, - o que eu acredito - ontem, elas me fizeram mal (mau, sei la).

Fizeram, mas hoje não fazem mais.
É incrível como somos outros e mesmos, cada dia.

Pessoas são chaves. Abrem portas. Trancam tb.
Me parece que hoje novas portas se abriram. Nada de medo.
Me disseram coisas incríveis.

e eu acredito.

Cultura

Estou lendo um livro "Cultura e participação nos anos 60" da Heloísa Buarque de Hollanda.
Lá ela cita uma entrevista do cineasta Cacá Diegues para o jornal O metropolitano em 1962:

"Para o intelctual realmente de esquerda, dois problemas se colocam juntos, um decorrendo do outro: por um lado a preocupação com uma arte que transforme; por outro a garantia de liberdade entre as alternativas que esta arte possa ter como expressão/comunicação(...) Estamos preocupados em transformar consciências, não levá-las a uma forma de entorpecimento"

A idéia de cultura que aqui reside em muito se diferencia da habitual que mais se caracteriza pelo lado do entreterimento. Acho uma pena não ver novas gerações de artistas ligados a questão social. Sempre me desvalorizei por escrever muito sobre amor, porque acabo sendo egoísta, falo só de mim, e pouco sobre os outros. A arte hoje é muito individual, pessoal. Somos solitarios no nossos computadores, nos nossos IPODs, nas nossas tvs.

E o ano começou...

Dia 2 de fevereiro... por querer tratar da minha consciencia, eu prometi para mim mesmo que a partir de hj começarei a fazer tudo que desejo para esse ano... e acima de tudo, a monografia.

São dezenas de textos para serem lidos... envolve os temas de memoria/ensino de historia/ midia.

Parece que o ano começa hj... entao:

Feliz ano novo!

Ela

Ela acorda tarde, mas eu chego cedo só pra poder ver ela dormir e eu aqui entao... ela tão frágil e eu com o coração batendo na minha mão. Eu suo frio, eu perco o senso, eu fico por um fio de chegar à um ponto em que eu não mais por mim respondo, não...

Primeiro post

Opa!

Não faço muita noção ainda do que é isto aqui, o que pode fazer, o que representa, quem lê, quem se importa, mas enfim, para cada final há de haver um início.
Quero deixar claro que não vou em hipotese alguma revisar meus textos antes de colocar-los aqui. Portanto o português será o da minha cabeça, seja isso bom ou não!
Estranhamentos à parte, aqui colocarei questões, pensamentos, imagens, musicas, trechos de livros, etc etc etc... Será uma forma minha e da Tuttu Madre de ainda existir! uhauahuahuah

Pois bem, nesse primeiro post queria perguntar uma coisa...

Alguém ja sentiu medo por ser muito confiante ? Como se tivesse medo de onde pode chegar ? Talvez, longe demais ?


Tudo de bom!
Jan


Filme: Boa noite e boa sorte