terça-feira, 28 de abril de 2009

Cultura

Estou lendo um livro "Cultura e participação nos anos 60" da Heloísa Buarque de Hollanda.
Lá ela cita uma entrevista do cineasta Cacá Diegues para o jornal O metropolitano em 1962:

"Para o intelctual realmente de esquerda, dois problemas se colocam juntos, um decorrendo do outro: por um lado a preocupação com uma arte que transforme; por outro a garantia de liberdade entre as alternativas que esta arte possa ter como expressão/comunicação(...) Estamos preocupados em transformar consciências, não levá-las a uma forma de entorpecimento"

A idéia de cultura que aqui reside em muito se diferencia da habitual que mais se caracteriza pelo lado do entreterimento. Acho uma pena não ver novas gerações de artistas ligados a questão social. Sempre me desvalorizei por escrever muito sobre amor, porque acabo sendo egoísta, falo só de mim, e pouco sobre os outros. A arte hoje é muito individual, pessoal. Somos solitarios no nossos computadores, nos nossos IPODs, nas nossas tvs.